terça-feira, 5 de julho de 2011

Bento XVI: foi um dia inesquecível

Eu acabei esquecendo na semana passada de publicar esse trecho importante que se encontra em sua autobiografia sobre os 60 anos de ordenação sacerdotal de Bento XVI. Aproveito e posto hoje, pois continuamos suplicando ao Senhor para que nosso Papa seja sempre fiel e verdadeiro instrumento de Jesus para todos nós:

“Fiquei feliz quando finalmente me vi livre dessa bela, mas pesada incumbência, e pelo menos durante os dois últimos meses pude me dedicar inteiramente à preparação para o grande passo: a ordenação sacerdotal, que recebemos do cardeal Faulhaber na catedral de Frisinga, no dia de São Pedro e São Paulo, em 1951. Éramos mais de quarenta candidatos, respondendo ao Adsum (Estou presente) ao sermos chamados. Foi um radiante dia de verão, inesquecível como apogeu da vida. Não devemos ser supersticiosos, mas quando, no momento em que o idoso arcebispo pôs as mãos sobre minha cabeça, um passarinho – talvez uma cotovia – subiu no altar-mor da catedral e cantarolou alegremente, isso foi para mim como uma palavra vinda do alto: ‘Que bom! Tu estás no caminho certo!’. Seguiram-se quatro semanas de verão, que foram como uma só festa. No dia da primeira missa, a igreja paroquial do santo Oswaldo brilhou com todas as suas luzes, e a alegria que quase tangivelmente enchia o seu espaço empolgou a todos da maneira mais viva possível, em uma ‘participação ativa’ no ato sagrado que não precisava de esforços externos. Fomos convidados para levar a ‘benção de primeira missa’ para dentro das casas, e em toda parte fomos recebidos, inclusive por pessoas totalmente desconhecidas, com uma cordialidade como eu nunca pudera imaginar. Assim experimentei, de maneira totalmente imediata, o quanto as pessoas aguardavam o sacerdote e como esperavam pela bênção que vem da força do sacramento” (BENTO XVI, 2007, p. 71-72)

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