sábado, 10 de dezembro de 2011

Livros que recomendo (III)

Apresento-lhes mais dois livros que muito esclarecem o leitor "desavisado" sobre alguns assuntos importantes sobre a história da humanidade, em especial para os cristãos que vêem a Igreja Católica sofrer tantos ataques advindos de meios externos e não raramente, de pessoas que estão "dentro" da Igreja. O primeiro livro que recomendo para leitura é o "Luzes e sombras na Igreja: Pontos discutidos sobre a história e a vida da Igreja" de Alfonso Aguiló, publicado recentemente (novembro de 2011) pela Editora Quadrante (http://www.quadrante.com.br/livrariavirtual_detalhes.asp?id=759&cat=Apologetica&s=home). Muitos assuntos são discutidos (Uma instituição opressiva e antiquada? Os dogmas são mesmo necessários? As linhas tortas de Deus, O que realmente se passou com a Inquisição? Qual foi o erro no caso Galileu? Como agiu a Igreja em face do nazismo? O que há de verdade em tantas outras "lendas negras"? Uma antiga desconfiança em relação à mulher? Qual a contribuição do Cristianismo para a história da humanidade?) de forma simples e objetiva, mas com as devidas indicações de outros títulos que trazem maiores esclarecimentos e aprofundamento sobre as temáticas indicadas. Sugiro esse livro de forma particular a todos aqueles que "entendem" de história a partir de um "viés universitário pseudo-crítico", isto é, acreditam que tudo sabem sobre a história da Igreja Católica e sequer refletem ou buscam maiores subsídios para a "verdadeira verdade" sobre fatos concretos durante esses mais de 2.000 anos. Infelizmente os assuntos ditos "controversos" são por demais debatidos sem maior coerência aos fatos fidedignos que narram a história.

Sendo assim, o autor espanhol Alfonso Aguiló (também autor do excelente livro "É razoável crer?") consegue prender a atenção do leitor com informações precisas sobre o que realmente aconteceu de acordo com os contextos históricos de cada época, além de deixar bem claro o quão importante foi, é e continuará sendo a fé cristã para a manutenção e desenvolvimento da sociedade, caso contrário, estamos fadados ao caos moral e relativista que tende a conduzir o homem à barbárie. Segue algumas afirmações interessantes contidas no livro:

"A Igreja não quer nem pode fazer liquidações de fim de estação em assuntos de moral para assim atrari as massas" (p. 4)

"Qualquer pessoa, seja ou não católica, entende que a Igreja - como qualquer outra instituição que não queira acabar na mais lamentável das confusões - deve tomar as medidas necessárias para garantir que as pessoas que a representam exponham fielmente à sua doutrina. E embora essa doutrina seja compatível com a evidente multiplicidade do pensamento cristão, há coisas que não são pluralismo, mas contradição" (p. 12)

"A Igreja não tem o seu centro na falta de santidade das pessoas que tenham podido dar mau exemplo, nem na santidade das que dão bom exemplo, mas em Jesus Cristo. Por isso, não faz muito sentido deixar de acreditar na Igreja porque tal ou qual pároco é antipático ou pouco exemplar, ou porque tal ou qual personagem eclesiástica do século XVI cometeu esta ou aquela barbaridade" (p. 21)

"Porque, como indicou Beatriz Comella, a polêmica sobre a Inquisição tem-se nutrido em boa parte da ignorância histórica, do desconhecimento das mentalidades de épocas passadas, da falta de contextualização dos fatos, e da ausência de estudos que comparassem a justiça civil e a inquisitorial. Essas carências deram margem a que se agigantasse uma injusta lenda negra em torno da Inquisição" (p. 34)

"Há um pouco de lenda em tudo isso. Não quero ser implicante, mas a verdade é que Galileu faleceu em 8 de janeiro de 1642, de morte natural, aos 78 anos de idade, na sua casa de Arcetri, perto de Florença. Não passou um único dia na prisão nem sofreu qualquer tipo de violência" (p. 40)

"Sem a fé cristã, o caminho da humanidade estaria sulcado de violências, guerras, destruição, calamidades e sofrimento. Com ela, o grande drama da condição humana fez-se acompanhar de progresso, justiça, compaixão e cultura" (p. 85).

O outro livro chama-se "O verdadeiro Che Guevara e os idiotas úteis que o idolatram" (o livro inclui um DVD com o documentário "Guevara: anatomia de um mito") do jornalista cubano Humberto Fontova, publicado pela Editora É Realizações (http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?isbn=8588062690. Confesso que fui um daqueles jovens que assistiu o filme "Diários de Motocicleta" e se comoveu com a "história linda" daquele herói argentino que tanto ajudou a construir o desenvolvimento do povo cubano e da América Latina!!! Ha, ha, ha, ha... Esse livro bastante esclarecedor e minucioso sobre a vida desse "camarada" me fez refletir o quanto somos MAL informados sobre a verdade! É impressionante como os fatos nos chegam de forma distorcida e totalmente invertida!!! Há jovens e militantes esquerdistas-comunistas-socialistas que enaltecem o "grande herói Che", mas talvez sequer saibam os pensamentos e ações mirabolantes e terríveis que cometeu o "pupilo" de outro famoso comunista, Fidel Castro. Recomendo esse livro mais uma vez as "mentes pensantes" das universidades e dos grupos esquerditas, para refletirem um pouco sobre a bandeira vermelha que cotidianamente ostentam de forma orgulhosa. 

"Che permanece vivo em parte porque teve Fidel Castro como assessor de imprensa" (p. 39)

"No meio de toda a imprensa e burburinho social, Guevara ainda encontrou tempo para coisas sérias. Os detalhes de sua tramoia secreta foram descobertos vários meses depois, quando o Departamento de Polícia de Nova Iorque descobriu uma conspiração para explodir a Estátua da Liberdade, o Liberty Bell e o Monumento a Washington. Não fosse o trabalho conjunto da polícia de Nova Iorque, do FBI, e da real polícia montada no Canadá, a terrível maquinação de Che teria antecipado o onze de setembro em décadas" (p. 47)

"Era considerado pária todo jovem indefeso que tentasse ouvir música 'imperialista' em Cuba. Será que Carlos Santana continuaria a sorrir se soubesse que Cuba criminalizaria Carlos Santana e outros astros de rock?" (p. 58)

"Com efeito, uma pesquisa recente mostrou que quanto maior o grau de instrução de um latino-americano, mais pronunciado é o seu antiamericanismo. Sobretudo em Buenos Aires, portanto, uma educação 'humanista' é certamente antiamericana" (p. 74)

Se Fidel Castro e Che Guevara falharam na invasão militar, foram muitíssimo bem sucedidos na invasão de papel e tinta (...) É diante de fatos como este que se vê como a pesquisa histórica foi em geral envenenada, e o mito de Che sua guerrilha heroica construído" (pp. 74-75)

"O homem (Che) era um completo fracasso como guerrilheiro. Ele se perdia constantemente" (p. 109)

"Guevara era para Fidel o mesmo que os outros, respectivamente, eram para Lênin, Hitler e Stálin: o carrasco colérico, o principal executor do regime" (p. 123)

"Pode-se muito bem argumentar que Fidel e Che anteciparam o Taleban em bons quarenta anos. A sufocante condição econômica e social criada pela Revolução fez com que o índice de suicídio entre as mulheres cubanas esteja entre os maiores do mundo. Mas isso, contudo, não inibe as Nações Unidas de indicar Cuba para a sua Comissão de Direitos Humanos. Como também o tratamento que o regime castrista dispensa às mulheres não inibe a UNICEF de instituir um prêmios em honra de Fidel e seu país" (p. 139)

"Deixe de conversa mole! O seu trabalho é muito simples. Evidência judicial é um detalhe burguês arcaico e secundário. Isto aqui é uma revolução! Nós executamos por convicção revolucionária" (p. 144)

"Para alguns, comparar o início da revolução cubana com o regime nazista ou o stalinista também tem no seu início parece ultrajante ou fantasioso, um truque típico daqueles 'exilados cubanos, conservadores e direitistas malucos'. Mas a comparação, ao que tudo indica, não é retórica: os fatos falam por si" (p. 149)

"Todas as manhãs na escola, as crianças entoam uma canção que começa e termina com Seremos como Che!" (p. 156)

"Não obstante, há certamente uma sumidade que, visitando o país, driblou a inteligência cubana. Durante a sua vista a Cuba em 1998, os assistentes do Papa João Paulo II descobriram e removeram vários tipos de grampo do quarto de hotal de Sua Santidade" (p. 234)

"Seu nome é Eusebio Peñalver, um homem que foi preso e torturado nas masmorras de Fidel por mais tempo que Nelson Mandela na África do Sul (...) Alguém já ouviu falar dele? Hoje vive em Miami. A CNN já o entrevistou? Alguém já o viu no programa 60 minutos? Ou leu sobre ele no New York Times? No Boston Globe? Ou ouviu alguma coisa no Black History Month? Ou onde quer que seja?" (pp,238-239)

"Os biógrafos de Che, baseando o seu relato nas ficções forjadas por Fidel, contam uma história diferente, quiça mais edificante. Mas em se tratando de heroísmo, talvez seja o caso de lembrar os desafiadores e corajosos gritos da vítimas do paredão de Che. 'Só me ajoelho para Deus! Viva Cuba livre! Viva Cristo-Rei! Abaixo o comunismo! Mirem bem aqui!" (p. 277)

De um indigo escravo da Cruz e da Virgem Maria

Um comentário:

Anônimo disse...

Danilo, Salve Maria! sua bencao.
Estou enviando o meu endereco, depois passa para Laiane.
Ir. Pio do Santíssimo Mistério do Calvário.
Fraternidade Arca de Maria
Foz do Iguaçu PR
Cx Postal: 424
CEP 85857-970