segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Um coraçãozinho cheio de amor: bendito Encontro!

Quase dois meses depois, consigo escrever algo sobre aquela noite memorável do dia 11/09/2014. Na oportunidade, eu e minha esposa celebrávamos 10 anos de matrimônio, entretanto, havia um motivo ainda mais especial e sublime para que nossa alegria quase tocasse o céu, pois percebemos depois que o Céu nos tocou através da nossa primogênita Maria Gabriela. 

Isso mesmo! Naquela noite aquela pequena loirinha de sorriso fácil recebia Jesus Eucarístico pela primeira vez. Fiz questão de enfatizar para o sacerdote celebrante que esse era o principal motivo de ação de graças daquela Santa Missa. E assim foi... Me emocionei ainda em casa quando a vi toda arrumada. Meu Deus, parecia uma "noivinha"! Sua ansiedade se tornou a nossa ansiedade... Aliás, o Noivo estava a sua espera, isto é, o próprio Jesus que se dá por inteiro no Santíssimo Sacramento. Eis o momento mais precioso na vida de um cristão: a comunhão eucarística que deve ser fecunda ao ponto de irmos ao encontro dos outros que estão ao nosso redor.
Nas últimas semanas que antecederam aquela noite bendita, falei das experiências de alguns santos quando eram crianças e que passaram pela mesma ansiedade dela. Apresentei alguns escritos de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face; li e comentei alguns trechos do Diário de Santa Teresa de Los Andes (belíssimo testemunho!!!); os exemplos de São Felipe Neri, São Pedro Julião Eymard e São Tarcísio; além dos vários ensinamentos de Catherine Doherty sobre a Eucaristia.

Durante o período da preparação para esta noite - a catequese em si -, meu coração muito se alegrava por perceber uma tamanha sensibilidade da minha filha sobre questões espirituais, da sua preocupação com o próximo, do cuidado e zelo com aquilo que Deus pensa de nós, dentre outras coisas. Entendi que a catequese não ocorre apenas num determinado período, mas que esta já inicia-se no ventre materno! Os ambientes que os pais frequentam, as conversas partilhadas com seus filhos e amigos, as companhias e amizades que cultivamos, os livros, filmes e programas que assistimos, as músicas que ouvimos... Tudo isso pode se tornar verdadeira catequese para as crianças.

Naquela noite estavam conosco os familiares e os amigos... Aqueles que comungam dessa mesma alegria! Os que Deus permitiu que se tornassem verdadeiros instrumentos do Seu amor em nossas vidas. Confesso que uma das coisas que mais me "travou" para partilhar sobre aquele momento foi justamente a experiência de comunhão, de comunidade, que presenciei/experimentei não só com os meus olhos, mas principalmente com o coração, ao ver/sentir a ansiedade e a alegria de todos que ali estavam. Isso para uma família é um presente indescritível! Deus lhes pague por tamanha generosidade e principalmente por nos ajudar a formar os nossos filhos no caminho do Senhor. Não citarei nomes, mas vocês sabem que estamos falando de todos vocês! Deus lhes pague por tudo!

Alguns anos atrás, num sábado pela manhã na Capela do CIAC, tive a oportunidade de rezar a Via-Sacra Eucarística escrita por São Pedro Julião Eymard. Na terceira estação, meditei a seguinte afirmação do grande Apóstolo da Eucarisitia: "Se Jesus-Eucaristia cai por terra nas santas parcelas tantas vezes sem que ninguém disto se aperceba, quantas vezes não cai de dor ao ver o pecado mortal macular uma alma. E quão mais doloroso é ainda para Jesus cair num coração infantil que o recebe indignamente quando a ele se chega pela primeira vez. É cair num coração de gelo que o fogo do seu Amor não consegue fundir, num espírito orgulhoso e dissimulado que seu Poder não consegue tocar, num corpo humano que não passa dum túmulo cheio de podridão. Ah, Jesus chega-se à alma nesse primeiro encontro com tanto Amor e é tão mal recebido! Uma alma de criança e já tão pecaminosa! Ser tão moço, e já ser um Judas! Ah, quão sensível é ao Coração de Jesus o crime duma Primeira Comunhão sacrílega!" (São Pedro Julião Eymard, a Divina Eucaristia, v. 3, p. 267)

Nessa época, Maria Gabriela ainda era bem pequena e não tínhamos os outros dois. Todavia, desde aquela manhã de sábado que passei a rezar diariamente nessa intenção, isto é, pedir ao Senhor por intercessão da Virgem Maria, que os nossos filhos recebessem Jesus Eucarístico com todo amor e piedade. Pedia (e continuo pedindo!) que esses corações sejam verdadeiros tronos para o Rei dos reis. Assim, naquela noite eu sentia meu pedido sendo atendido de forma sublime, pois ali se encontrava uma "noivinha" desejosa de amar Jesus.

Lembro-me das diversas perguntas que Maria Gabriela me fez durante sua preparação para a Primeira Comunhão. Uma delas era: "Papai, o que eu faço após receber o Pão do Céu?". Respondi sucintamente: "Minha filha, ame Jesus com todo o seu coração e com todas as suas forças!". E foi até engraçado quando voltamos para casa naquela noite e eu ainda emocionado perguntei: "Gabriela, o que foi que você disse a Jesus?" Ela respondeu: "Papai, é um segredo meu e Dele!". O papai bobão aqui apenas silenciou depois desse "tranca", que na verdade se tratava daquilo que ela aprendeu quando eu lhe explicara inúmeras vezes, ou seja, aquele momento é único, sublime e exclusivamente pessoal.
Naquela noite, os nossos corações estavam demasiadamente felizes em Deus! Não há como expressar de maneira adequada aquele primeiro encontro. Nossos olhares apenas contemplaram o Amor que se deu por amor a um coraçãozinho cheio de amor...

Poderia citar São Felipe Neri ao dizer: "Estou com tanto desejo de receber Jesus que não sou capaz de ter paciência para esperar" ou então se rejubilar com São Pedro Julião Eymard que disseste de forma tão bela essa oração que certamente se tornou a de Maria Gabriela: "Ó Jesus! Obrigado pelo Amor que me testemunhastes na Primeira Comunhão, Amor que nunca hei de esquecer. Sou vosso, todo vosso, e vós sois todo meu. Fazei de mim o que quiserdes".

Tive a petulância de cantar uma canção (pois nesse momento os anjos já cantavam louvores ao Altíssimo) que fiz no dia 1º de junho de 2006, mas precisamente às 18hs, estando eu diante de Jesus Eucarístico na Matriz de Sant´Ana. Nessa época, Maria Gabriela tinha apenas 7 meses e eu não imaginara que essas frases e acordes pudessem entoar louvores de adoração ao Senhor num momento tão especial e particular na vida daquela pequena menina.

E o que posso ainda dizer? OBRIGADO, OBRIGADO, OBRIGADO Senhor por tudo!!! Gratidão por tantas dádivas derramadas sobre nós! A Ti todo louvor, toda glória e poder sejam dados para sempre!!!

De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria


 Nunca, mas nunca conseguiremos descrever momento tão sublime!!! Adoremos o Verbo de Deus!
 Lindas demais!
 O querido Pe. Stanley em mais um momento especial de nossa família (casamento, 10 anos, batizados, primeira Eucaristia). Obrigado por sua amizade!
 E as crianças estavam juntas!
 Antes da Santa Missa, eu e o patrãozinho.
 Maria Gabriela e a Madrinha Laiane Simões
 Nós!
 Sei que a nossa alegria também era a de vocês! Um casal muito amigo: Tio Weslei e Tia Telma

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