Não
raramente nos questionam (a mim e a minha esposa) como fazemos para que nossos
filhos se comportem durante a Santa Missa. E é justamente sobre isso que
farei algumas postagens ao longo dos próximos dias. De antemão, asseguro que
não há nenhum segredo específico, mas conversas contínuas para orientá-los da
forma adequada tendo em vista o lugar em que estaremos e principalmente sobre o
que lá estará acontecendo, ou seja, a Eucaristia, que é “fonte e ápice de toda
a vida cristã” (Constituição Dogmática Lumen
Gentium, n. 11)
Inicio
essa série de postagens enfatizando a necessidade do testemunho dos pais na
participação da Santa Missa, em especial, na maneira como enxergamos o Santo
Sacrifício de Cristo e obviamente o comportamento dos pais na celebração. Por
que isso? Diz o Catecismo da Igreja Católica que “dar bom exemplo aos filhos é
uma grave responsabilidade para os pais” (n. 2223). Percebam que o bom exemplo
ou testemunho dos pais é fundamental – é uma GRAVE responsabilidade – que deve
ser levada em consideração e compreendida, de fato, como uma vocação. Nesse
sentido, vale a pena alguns questionamentos exclusivos aos pais?
- Eu participo frequentemente da Santa Missa? Cumpro meu dever de participar da Missa aos domingos e dias santos? E se participo, levo meu(s) filho(s)?
- Estando na igreja, sou inquieto(a) ou fico conversando e vez por outra dou uma olhada no celular?
- Afinal, ao frequentar a igreja, vou de “corpo e alma” ou apenas de “corpo presente”?
- Se eu não conseguir um banco para sentar-me, fico logo entediado(a) ou tenho o hábito de ficar do lado de fora da igreja que é mais ventilado?
Eu poderia aqui elencar várias outras perguntas, mas
essas já dizem muito do bom ou mau testemunho e exemplo dos pais no tocante à
participação na Missa, pois se você só vai a igreja esporadicamente,
dificilmente seu filho irá se acostumar com aquela realidade. Ademais, para
ele, estar naquele lugar será apenas mais um dentre tantos outros que vocês frequentam,
o que é prejudicial para a fé da criança, haja vista que a Missa é o centro da
nossa fé cristã e isso precisa ser evidenciado também aos pequenos. Ah, mas
eles não entendem, são apenas crianças? Dirão alguns. Todavia, a ênfase não se
dá apenas pela compreensão teológica sobre o assunto, mas no desejo que temos
de estar com o Senhor, no amor que devotamos ao Rei de nossos lares. E isso,
posso lhes garantir, as crianças não só percebem, mas buscam imitar os seus
pais, pois somos as principais referências para eles. Nesse sentido, desde
cedo, os filhos devem ser ensinados quanto à importância de ir para a Missa.
Antes de sair de casa, essa catequese já pode ser realizada, bem como no
caminho para a igreja, e por que não dizer, após a celebração.
Se
os pais são inquietos, trocam de bancos facilmente, saem da igreja com
frequência, utilizam o celular ou ficam com conversas com a pessoa que está do
lado, certamente a criança internalizará que aquele ambiente é propício para
todas essas coisas. Como exigir de uma criança a quietude e silêncio quando
você mesmo assim não se comporta? A vida eclesial não ocorre exclusivamente na
igreja, isto é, no templo construído em que as celebrações ocorrem, mas também
na “igreja doméstica” que é o lar. É sabido que muito do comportamento das
crianças na igreja se dá conforme o comportamento em casa (Lembram do adágio
popular? "Costume de casa vai a praça" ou a
igreja). Por fim, deixo mais alguns questionamentos que serão discutidos na
próxima postagem:
- O que me impede de levar meus filhos a igreja? Por que eles são barulhentos e irão atrapalhar? O que fazer para que eles, de bom grado, acompanhem seus pais na Missa?
Acompanhe
as próximas postagens e, se possível, deixe seu comentário, dúvida e partilha
sobre o assunto.
De um indigno escravo da Cruz e da Virgem Maria
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